quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Via Campesina e indígenas ocupam ponte de Estreito; protesto contra a hidrelétrica


Cerca de 700 pessoas, agricultores, pescadores, extrativistas, barqueiros, barraqueiros e os povos indígenas Krahô, Krahô-Canela, Xerente, Apinajé, Krikati, Gavião que estão sendo ameaçados pelo projeto de barragem de Estreito no Rio Tocantins entre os Estados do Tocantins e Maranhão, protestam hoje (16/04/07), desde as nove horas, contra a construção da Usina Hidrelétrica (UHE) de Estreito.

O ato de fechar a ponte de Estreito denuncia a forma com que o consórcio (Tractebel, Alcoa, Camargo, Correia e Companhia Vale do Rio Doce) quer construir a barragem, autoritária sem diálogo com as populações atingidas.

A construção de barragens no Brasil e no mundo tem causado destruição de florestas, a morte de animais, o desmatamento de florestas, o fim de muitas espécies de peixes, o fim das vazantes, aumento de preço dos alimentos, desaparecimento das melhores áreas de terra, o deslocamento de milhares de famílias, liberação de gás metano, aumento do aquecimento da terra, destruição de famílias, comunidades, cidades.

UHE de Estreito
A Usina Hidrelétrica de Estreito não é diferente do que tem acontecido em outros processos de construção de usinas, ate porque as pessoas que estão à frente desses projetos de destruição são as mesmas que já fizeram muita destruição em outros rios, em outros lugares, por exemplo, o presidente do Ceste e a mesmo pessoa que comandou o fim de várias comunidades e famílias em Serra da Mesa e ainda esteve a frente da construção de Cana Brava, onde o destino de centenas de famílias foi construir uma favela na cidade de Minaçu e aí viver dependendo de cestas básicas do governo federal.

A hidrelétrica faz parte das obras "licitadas", ou melhor, doadas às empresas que exploram minérios como: alumínio e ferro, ou seja, a energia produzida nesta barragem será utilizada nas plantas de alumínio e nas siderúrgicas e estas exportarem para os países de primeiro mundo as nossas riquezas, essas empresas de vários países estão fazendo com o Brasil o mesmo que os portugueses fizeram roubando as nossas riquezas para manter o padrão de vida deles. E nos ficamos com o que com os problemas como: a violência, a prostituição, as DST´s e a fome.

Porque somos contra a UHE de Estreito:
- O Ceste Não reconhece os impactos que a construção dessa barragem causará aos povos Indígenas Krahó, Apinajé, Krikati e Gaviões;
- Não reconhece a dimensão dos problemas ambientais e sociais que causara as famílias, as comunidades, às cidades e ao povo brasileiro;
- Não reconhece as famílias, as pessoas que sobrevivem e tiram a sua sobrevivência da área que esta sendo ameaçada pela formação do lago;
- Não reconhece os problemas que causará a infra-estrutura das cidades, como: esgoto, educação, saúde, etc, o que tem proposto e a transferência de sua responsabilidade para os cofres públicos;
- Porque a energia produzida não vai gerar o desenvolvimento, pois o que esta sendo proposto e para produção de alumínio e ferro para exportação para o primeiro mundo;
- Porque os impactos sociais e ambientais serão maiores que os benefícios que muitos estão iludidos pelos políticos e pela empresa.

O que propomos ou o que queremos:
- A revogação da Licença de Instalação de imediato;
- O reconhecimento por parte do Consórcio dos problemas/impactos que causará a construção da barragem: aos povos indígenas, as famílias ribeirinhas, as comunidades, as cidades, e ao povo brasileiro.

NÃO ÀS BARRAGENS, NÃO A DESTRUIÇÃO DO MEIO AMBIENTE E NÃO À EXPULSÃO DAS FAMÍLIAS DE SUAS TERRAS.

Nenhum comentário:

Postar um comentário