Está marcado para sexta-feira, 21, às 14 horas, em Araguaína (TO), o interrogatório do procurador municipal e juiz aposentado, João Batista de Castro Neto, acusado de ser um dos mandantes da morte do Pe. Josimo Morais Tavares, que foi assassinado em Imperatriz (MA) no dia 10 de maio de 1986. O interrogatório será realizado na Vara de Precatórias da Comarca de Araguaína (TO), que tem como responsável o juiz Edson Paulo Lins.
No dia 25 de abril de 2006, o juiz da 1ª Vara Criminal de Imperatriz recebeu a denúncia contra João Batista de Castro Neto e os fazendeiros José Elvécio Vilarino e Pedro Vilarino Ferreira, onde são apontados como mandantes do crime.
De acordo com a denúncia, João Batista de Castro Neto, José Elvécio Vilarino, Pedro Vilarino Ferreira e, ainda, Osmar Teodoro da Silva e Geraldo Paulo Vieira reuniram-se várias vezes com o propósito de organizar a morte do padre, inclusive deliberando acerca da arma que deveria ser utilizada e quem deveria ser contratado para a execução.
Andamento do processo
O ex-juiz do Estado do Tocantins, hoje aposentado, João Batista reside na cidade de Araguaína (TO), onde exerce a profissão de advogado, assume o cargo de procurador do município e é proprietário de terras na região do Bico do Papagaio.
Ainda em 2006, a Comarca de Imperatriz-MA expediu Carta Precatória para citação, interrogatório e apresentação de defesa prévia do acusado, para a Comarca de Araguaína. O interrogatório foi marcado para o mês de novembro daquele ano, mas fora adiado por falta de intimação do acusado. Nesse mesmo período, João Batista ingressou com um Habeas Corpus no Tribunal de Justiça do Estado do Maranhão, a fim de anular o referido processo criminal. O Tribunal indeferiu seu pedido. O interrogatório foi remarcado para 02/03/07, mas desta vez, o acusado ingressou com uma ação de exceção de incompetência do juízo, requerendo também a suspensão do interrogatório. Novamente seu pedido foi negado. Com isso, a nova data do interrogatório, 21 de dezembro de 2007, foi marcada.
O crime
Padre Josimo foi assassinado no dia 10 de maio de 1986, enquanto subia as escadas do prédio da Mitra Diocesana de Imperatriz (MA), onde funcionava o escritório da Comissão Pastoral da Terra Araguaia-Tocantins. O pistoleiro Geraldo Rodrigues da Costa efetuou dois disparos com uma pistola de calibre 7,65. Para executar a vítima contou com a participação de Vilson Nunes Cardoso. Este nunca foi encontrado para ser julgado.
O caso vem sendo acompanhado pela assessoria jurídica do Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos de Açailândia - MA (CDVDH), Comissão Pastoral da Terra (CPT) e Federação dos Trabalhadores da Agricultura do Tocantins( FETAET).
Divulgação à imprensa: 19/12/2007 - Tocantins
quinta-feira, 29 de janeiro de 2009
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